quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um Olhar Sobre a Arte

Claro que você pode ter uma obra de arte em casa! Aliás, deve... E não apenas uma. Mas não traga para o seu universo particular uma coisa qualquer. Caso não encontre algo que satisfaça sua pretensão, a comprar qualquer coisa será preferível ter um pouco de paciência, e fazer uma encomenda.



Uma obra de arte tem uma energia que lhe é própria e que irá partilhar os seus ambientes. Digo "ambientes" me referindo não apenas ao físico. É que a arte, ainda que não o compreendamos bem, tem o poder de partilhar os psiquismos e emotividades das pessoas que convivem com ela. Há uma troca subjetiva e constante que pode ser boa, nem tão boa, ou mesmo maravilhosa. Ah, você pensa que não há troca... Tem esse direito. Mas há pessoas que garantem o contrário. E dizem que quanto mais você a torna importante, mais ela retribui.

Há até quem dê 'bom dia' e 'boa noite' para a sua obra de arte! Tudo bem, vai que se um dia ela responde... Mas creia, amigo(a) visitante: a arte tem espírito, uma expressão imaterial cujo coletivo interage com o mundo e, eu até diria sem exagero, com o universo. Ora, nem imagine que o tal espírito da arte seja o espírito de alguém! Muito menos que o artista ou um admirador vá dar com esse alguém em alguma esquina... Mas não despreze a sua universalidade. Há arte em toda a Criação. Ela é relacionada aos princípios cósmicos de comunicação e transformação. E tais princípios funcionam desde o início dos tempos, na medida em se identificam (se atraem ou se repelem) galáxias, planetas, dinossauros, até micro organismos que para o Grande Artista não são desprezíveis. "Isso não é arte"? Bem, não é mesmo... Não é arte tal como a compreendem, talvez por falta de disposição para uma reflexão mais ampla. Não se deve esperar que uma bactéria se sinta seduzida pelas lindas coxinhas de uma outra bactéria, nem que um planeta ouça uma "proposta indecente" de um dos satélites que lhe gravitam em órbita. Mas podemos considerar que a arte faça parte desses processos, através do um tipo de percepção apropriado a cada caso.

Temos a falsa impressão de que a arte seja algo percebido pela sensorialidade visual, ou auditiva, ou gustativa... Ledo engano. Estas separações são criadas por nossas limitações humanas, e por uma racionalidade que desenvolvemos segundo nossas possibilidades. O que podemos compreender de imediato não é mais do que a materialidade da obra artística, enquanto a sua imaterialidade parece misteriosa e fugidia ao nosso intelecto. E ainda que consigamos "por as mãos" em determinada parte, ou sentido, logo veremos que outra pessoa "pegou" (foi seduzida) por outra parte! E cada pessoa dará preferência a uma parte diferente da mesma obra (manifestação artística), em razão das suas necessidades particulares de identificação e de auto identificação.

Reflexões cósmicas à parte, o que mais importa é que sua obra de arte não seja apenas bela. Mais que isso: seja boa, faça bem a você e aos demais. Lembre-se de que quase sempre as obras de arte não são perecíveis a curto prazo. O que significa que talvez partilhem seus ambientes por muito tempo. Pense sobre o quanto elas poderão participar da "construção" das pessoas, principalmente de crianças e adolescentes.

Não será demais se você refletir calmamente sobre o que gostaria de ter em seus ambientes, antes de comprar alguma coisa. Se você não encontrar algo que lhe satisfaça, a comprar alguma coisa sem sentido seria preferível fazer uma encomenda.

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